SURPRESA!

Esse post será uma confissão.

Implícita ou explicita? Não sei, vai depender de quem vai ler.

- É eu errei. Fiz mal a uma pessoa que nem conhecia.

- Que tipo de mal?

- Que tipo? O pior deles. Através de mentiras. Muitas mentiras. Engano, usurpação, perde de tempo e valores, tortura nos sentimentos, maldade, crueldade, impiedade, terrorismo, e mais e mais mentiras.

- Me parece que você errou muito então...

- É...muito. Mas o pior, é o que a pessoa agora sente por mim. O que ela sente pelas pessoas em geral por causa das minhas atitudes. As suas conclusões, os pré-julgamentos, a maneira arredia que vai lidar com os outros agora. Eu não queria isso, entende?

- Sim, eu entendo.

- Me fala então, o que faço pra reverter tudo isso? Pra deixar as coisas exatamente como eram antes de tudo acontecer? Porque agora, agora sei o que fazer, ou melhor, o que não fazer.

- Não tem como voltar. O que está feito, está feito. Já que sabe o que não deve ser feito, então não faça mais.

- Mas eu queria que ela soubesse que tudo o que aconteceu dói dentro de mim também, mesmo ela não acreditando. Que me importo com os sentimentos dela e com todo mal que causei.

- Talvez ela já saiba. Talvez ela não queira mais ouvir, ou talvez já esteja farta de te ouvir. Apenas respeite e tente entender.

- É você deve estar certo. Vou confiar que “o tempo cura tudo”. Na verdade, vou enganar a mim mesma acreditando nisso.

Surpresa! A garota que vai à igreja, que fala do seu amor e fé a Deus, que ama os pais, os irmãos e os amigos é uma má pessoa. Estranha, cruel, hipócrita, maldosa e meticulosamente calculista.

Como você disse, sou uma garota sonsa que finge ser boa, mas que ninguém sabe o quão maldosa sou com pessoas que nem conheço.

Prazer, talvez eu seja assim mesmo. Ou talvez não. “Mas afinal, quem se importa”?  Isso não faz a mínima diferença agora.