E de repente ela estava lá, de braços cruzados esperando por ele na porta do restaurante.
Noite fria, cabelo molhado. A calça legging preta, com a bota marrom escuro, não a protegia do vento forte.
Dez minutos, vinte minutos, meia hora. Seu semblante desfalece. “Ele não vem, ele não vem, ele não vem”, repete isso mil vezes para convencer a si mesma da dura realizada.
Seria isso o que as pessoas chamam de levar um bolo? Mas isso não foi um bolo, foi a festa inteira jogada na cara, pensa.
Com um movimento brusco sai em passos firmes e rápidos em direção ao metrô Ana Rosa.
“Ele fez de novo, que cretino!”. O ódio dominava seu corpo inteiro. No calor da emoção, promete nunca mais falar com ele, nunca mais deixar se levar, nunca mais...nessa hora o telefone toca. É o Roberto. Atende o celular de uma forma ríspida e amarga.
- Que foi?!
- Cadê você? Estou aqui na frente. Ainda está no metrô?
O coração se desmancha de amor e remorso.
- Hã...sim sim, no metrô, isso...
- Ta bom, vou te esperar aqui.
Ela dá meia volta, com o coração queimando em seu peito. Esqueceu-se da promessa que acabara de fazer.
Ahh a humanidade. Tão fraca, carente e estúpida.
Ahh a humanidade. Tão fraca, carente e estúpida.
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